domingo, 27 de outubro de 2019

"Meu Nome é Dolemite" | Filme marca o reencontro de Eddie Murphy com o seu público


Sou fã do Eddie Murphy, sempre o considerei um grande ator mesmo tendo feito várias comédias durante a sua carreira. Mas, Murphy tinha se afundado em filmes ruins desde sua grande performance em Dreamgirls de 2006 que havia lhe rendido indicações em diversas premiações incluindo o Oscar. Como fã, era triste ver um grande ator como Eddie Murphy cada vez mais perdido em sua carreira apelando para projetos mal elaborados, assim como Nicolas Cage se perdeu. Mas, isso ficou no passado.


"MEU NOME É DOLEMITE ( EUA, 2019) " é a cinebiografia do humorista Rudy Ray Moore e seu alter-ego Dolemite grande astro da Blaxploitation , fenômeno do cinema americano dos anos 70 e padrinho do rap. Esse é o projeto que Murphy tentou levar as telas durante uma década e meia e, curiosamente, tem um paralelo de perseverança com a história de Rudy que alcançou a fama já na meia-idade e, vejam, estamos falando da América dos anos 70.


O personagem parece que foi feito para Eddie Murphy, seu descontentamento com a vida que leva em uma loja de disco e a confiança em seu talento que os outros insistem em menosprezar é nítido em cada olhar e gesto ao falar, reparem no brilho em seus olhos quando ele mergulha nas ruas de Los Angeles ao pesquisar a vida daqueles cidadãos que a cidade faz questão de esquecer, é dali que nasce seu alter-ego. Ou na cena em que Rudy , sentado em sua sala, finalmente cria uma de suas rimas, vemos um trabalho diferente de Murphy a cada instante.


É como se Murphy tivesse voltado a ter gosto pela atuação, a direção de Craig Brewer é precisa nesse sentido, Eddie Murphy não aparece exagerado como em "O Professor Aloprado 2 : A Família Klump ( EUA, 2002)" , Brewer dirige Eddie com o mesmo cuidado que teria ao segurar uma pedra preciosa. Aliás, não só ele, o elenco desse filme é incrível, de Mike Epps, Craig Robinson, Tituss Burgess, passando pela maravilhosa Da’Vine Joy Randolph como Lady Reed e a hilária ( e a mais debochada performance do ano) participação de Wesley Snipes como D’Urville Martin. Snipes está engraçadíssimo como o ator e diretor de Blaxploitation, a química dele e Murphy é surreal.


"MEU NOME É DOLEMITE ( EUA, 2019) " é um filme vivo e cheio de cores, o figurino é assinado pela fantástica Ruth E. Carter, a vencedora do Oscar desse ano por Pantera Negra ( EUA,2018). Tudo isso ao som de uma trilha sonora que retrata bem a época e conta com o swing do ator e cantor Craig Robinson ( A Ressaca, 2010) que merece todas as palmas. No final, Dolemite fala sobre esperança, confiança e perseverança essa é a mensagem dita a plenos pulmões ( e com muitos palavrões ) no último frame do filme ao seu público, o grande reencontro de Dolemite com seus sonhos e podemos dizer também, o reencontro de Eddie Murphy com o seu público... e como é bom reencontra-lo... e que volta triunfal, Eddie.

PS: A versão dublada conta com o trabalho de Mário Jorge Andrade , dublador oficial de Eddie Murphy desde os anos 80. Mário faz um grande trabalho nesse filme e vale a pena conferir.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

As redes sociais e a síndrome da "vizinha fofoqueira"

Não sou de fazer isso mas, essa é a última.

Então, vamos lá:
Meu perfil sempre teve uma grande rotatividade, pessoas sempre vem e vão nessa página virtual ( como tudo na vida! ). Adicionam e um tempo depois me deletam ou eu as deleto devido a certos comportamentos que eu abomino ( preconceito de raça e classe social são os que mais me irritam). Seria pq resolvi não expor a minha vida pessoal nas redes e, por isso, as "pessoas" saem daqui frustradas por não saber o que acontece comigo ?

Não que eu seja famoso ou interessante ( acreditem, eu sei. Estou longe disso ! ), mas pra mim as redes sociais padecem da síndrome da "vizinha fofoqueira" que nunca perdia nada do que acontecia na rua. As redes sociais são isso, uma rua de um bairro qualquer onde as pessoas observam tudo, ou só a vizinha, ou, em alguns casos, uma grande mesa de bar onde todos falam ao mesmo tempo e vc tem a vontade de conversar com aquele(a) seu(sua) amigo(a) que está sentado(a) na ponta da mesa, mas não consegue pq o barulho da "falação" é ensurdesedor, até que um ou outro resolve chegar mais perto.

Nunca cheguei aos tais "mil amigos" nessa rede social, quanto mais "cinco mil", assumo, sou chato e irritante, porém jamais fui falso. Mas tanto aqui, quanto na vida real sou leal,fiel e relevo MUITAS coisas, por causa disso, amigos já me chamaram de bobo e "colegas" diziam que eu era "carente" ao confundir a minha boa intenção com as pessoas. Mesmo tendo recebido várias decepções, eu jamais deixei de ser educado com NINGUÉM. 
Conclusão: Vc nunca agradará a todos!

O fato é que, mesmo que a recípocra não tenha sido verdadeira em alguns caso, eu sempre lutei pelas pessoas que eu considero, fui e sou leal e fiel, vou relevando as coisas mas, quando desapego, é pra sempre. É um defeito meu? talvez sim. Eu assumo as consequências das minhas escolhas como sempre fiz. Isso não me faz menor e nem maior do que ninguém, mas estive lá, estendendo a mão.
Isso ninguém me tira.
Ah, se vc veio nesse blog "especular" sobre a minha vida, veio no lugar errado.
Abraços